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terça-feira, 30 de março de 2010

As bombas, os traques e os truques da política paraibana

No final da tarde de ontem, muitos nos ligaram para questionar sobre a "bomba" que o "Professor" Barreto estava anunciando para o dia de hoje.
Talvez pela nossa natural imersão no mundo político, todos  queriam saber do que se tratava e o que poderia atingir tão frontalmente aquele que é considerado exemplo de gestor até pelos inimigos que possuam algum senso de justiça.

Bom, gostaria inicialmente de voltar até a semana passada, mais precisamente no dia 22/03/2009, quando fui até o Palácio da Redenção para entregar ofícios e para minha não tão surpresa, encontrei Barreto e mais dois membros de seu partido, os quais não sei nominar, reunidos com o secretário do Governador, Adriano Bezerra. Um detalhe que chamou a atenção foi exatamente a quantidade de papéis que o "professor" carregava e parecia estar "feliz" por ter levado algo que agradou, independente de ter sido encomendado. Parecia estar buscando um afago, um carinho e tinha nos olhos a esperança de ser notado.

Antes de mais nada quero justificar porque escrevo professor entre aspas: porque temos o maior respeito e apreço por essa profissão, e aprendemos desde cedo que os mestres são aqueles que nos ensinam a retidão e os princípios morais que devem nortear nossas vidas. Certamente, os últimos acontecimentos envolvendo o "Professor" Barreto, não nos recordam em nada tais ensinamentos.

Primeiro porque ao anunciar uma bomba atrás da outra, que deveriam atingir Ricardo Coutinho de forma letal, revelam-se no momento do anúncio "traques" (ou seriam truques?). São na maior parte das vezes, notícias requentadas e, quando novas, trazem um ingrediente que nos chama a atenção: porque só agora, quase três anos depois de sair da Prefeitura Municipal de João Pessoa, o "Professor" Barreto detona tais "bombas"? Será que não devia tê-lo feito enquanto era secretário da gestão Ricardo Coutinho I?

Outro fato que nos chama atenção é de que somente após a aproximação com o Governador José Maranhão, o que pode até ser "coincidência", o ex-secretário da prefeitura de João Pessoa ligou novamente suas metralhadoras giratórias, que atiram muito, mas em calibre tão reduzido que causam poucos ou nenhum dano ao prefeito pessoense.

Na conversa que presenciamos por acaso, muito animada por sinal, escutamos por diversas vezes a palavra "bomba" ser pronunciada seguida de diversas gargalhadas. Aquela cena me mostrava claramente que nos próximos dias haveria "novidades". Como estava de viagem marcada no outro dia para Brasília, comentei com amigos próximos ao prefeito Ricardo Coutinho que algo ocorreria e, vindo de onde estava vindo, certamente seria mais um truque.

O pior é que tais truques que são tão comuns na política paraibana, principalmente vindo de "raposas" matreiramente forjadas com o aço das armações e manobras do tipo "tudo pelo poder", nos deixam arrepiado e com verdadeiro asco. Não quero aqui fazer juízo de valor sobre as denúncias, que como todas devem ser apuradas. Se provadas, que seja punido o acusado, caso contrário, que o acusador seja sentenciado com uma pena que possa desanimá-lo a brincar novamente com a inteligência dos paraibanos.

Queremos levantar aqui um questionamento que muitos têm feito e que não têm resposta até o momento, anseio este que compartilhamos com tantos: para quê o governador quer um quarto mandato? Seria para continuar tratando os servidores públicos da maneira atual? Seria pura vaidade? Existe algum projeto para a Paraíba? Porque até o momento, não temos visto nada que possa ser encarado e aceito como debate político, mas sim como uma verdadeira demonstração de apêgo e amor ao poder.

O que sei, como cidadão e como eleitor é que a Paraíba tem o direito de sair do ciclo vicioso que perdura há décadas e que alterna oligarquias no poder. O povo precisa vencer, afinal de contas o Brasil só venceu quando a esperança venceu o medo. E a esperança é a última que morre!

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